Em março de 2014, nosso Seminário completará 100 anos. Certamente, excelente motivação para uma bela comemoração. Muitos de nós, pastores congregacionais, igualmente outros tantos de várias denominações evangélicas brasileiras e também muitas mulheres, todos formados por essa escola, somos participantes dessa história.
O STCRJ é historicamente a continuação do Seminário criado pela 1ª. Convenção das Igrejas Evangélicas de origem kalleyana, realizada em 1913.
Essa instituição centenária foi resultante da visão dos pastores congregacionais à época, sobretudo, com maior realce do Dr. Francisco Antônio de Souza, depois da apresentação de brilhantes teses defendendo a necessidade da criação de uma escola para preparação de obreiros, visando ao serviço pastoral das igrejas existentes, bem como a propagação continuada, por meio de pessoas devidamente preparadas, do Reino Senhor Jesus. Homens vocacionados por Deus, dispostos para o enfrentamento dos grandes e urgentes desafios, da seara com poucos obreiros.
São dele as seguintes palavras, na tese Seminário – penhor da existência da Denominação: “A formação do ministério idôneo e para que esteja na altura das suas elevadas funções é, por assim dizer, o dever primordial da Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo.” Foi um trabalho de alta relevância, além de outros, que valem a pena serem lidos pela presente geração de crentes congregacionais. E seu acesso é muito fácil aos que assim desejarem.
Hoje temos o Seminário funcionando nas unidades Pedra de Guaratiba e centro do Rio de Janeiro. Durante vários anos, como STRJ, seu funcionamento, foi apenas no centro.
Na segunda metade dos anos quarenta, foi criado o IBP (Instituto Bíblico da Pedra) sob a direção do missionário Oliver Martin Thomson e sua esposa, visando a um preparo rápido com a preocupação maior de apresentar às igrejas homens e mulheres dispostos a promover o serviço da evangelização, fortalecendo assim igrejas existentes e plantar outras. Na década seguinte o Seminário passou também a funcionar juntamente com o IBP, já naquela altura proporcionando uma formação melhor e mais demorada dos alunos, que se tornaram residentes na Pedra de Guaratiba.
Tivemos a colaboração de duas agências missionárias, a saber: UESA e Irmãos Unidos.
Delas recebemos ajuda financeira e pessoal, no quadro de professores e na direção interna do Seminário. Encerrada essa fase, brasileiros assumiram a direção e praticamente todo o desempenho pessoal nas ações da formação teológica dos nossos alunos.
Na direção como missionários, além do casal Thomson, tivemos o casal Grant, o casal Barnett e o casal Forsyth.
No internato durante o seu tempo de funcionamento, como hoje, tivemos na direção os pastores: Myron Pinto da Costa, Carlos Alberto Correia da Cunha, Mauro Ramalho, Vanderli Lima Carreiro, Manoel Bernardino de Santana Filho, Ricardo Parise, Daniel Marques Serenado, Eleazar Duarte, Mário Melo e Samuel Cesarino (o atual).
Outros serviram às chamadas extensões (principalmente no centro da cidade e em Niterói), deixando registrados seus nomes e serviços prestados à educação teológica de nossa denominação.
Praza aos céus que a atual geração de obreiros, homens e mulheres de nossas igrejas procurem se engajar na visão dos nossos pioneiros e trabalhem pela educação teológica denominacional, certos de que “morre a denominação quando morre o Seminário.”
Deus nos abençoe! Amém!
Pr. Zefanias Lima
Vice-presidente da UIECB